Bistrozim demi simpático, demi sem personalidade inaugurado há seis meses, na rua Capote Valente, em Pinheiros, conforme você leu aqui. E, ao contrário do que você leu aqui, deu pra avaliar a cozinha. Se não brilha pelas qualidades, também não se destaca pela exorbitância dos preços, num fair trade exemplar nesse mundo pós-Rodada de Doha. Algo que, em se tratando de São Paulo, é um feito e tanto. Disseram-me, e eu conferi, que é uma espécie de sucursal do
local homônimo, em Nova York, esta cidade-gêmea (uma mórbida semelhança) da paulicéia. Um coisa assim... "Ao Pintassilgo da Mata". Espere só até o pessoal da
InVejinha saber disso...
Não se come mal, portanto, mas fica aquela certa impressão incômoda de franquia ou, pior, local "temático". Uma dica ao pessoal da casa: deve haver patos menos obesos no mercado, ou então aquele magret que me serviram era de porco, talvez hipopótamo. Agradou ao paladar, mas como canibalismo aqui esta fora de cogitação, preferia meu magret mais magro (
NdaR: ruim, essa). Parabéns ao chef pela polenta, realmente digna de nota. E, de fato, mexilhões são bichos esquisitos, admito, mas em todo caso devem ser descartados aqueles mais cabeças-duras (
NdaR: boa figura de linguagem), que insistem em não se abrir com o bafo da panela. Já é prova suficiente de que não estão a fim de serem devorados. O dublê de garçom/maître/host/dirigente do fã-clube da Madonna, se não pôde ser mais simpático nem falar menos mole, poderia ao menos economizar nos esgares, e estaríamos conversados. A gente nem repararia no ambiente poshy-querendo-não-ser. Robin, né? Sei... Agora chama o Batman.
Nota: 8 miojos (os Graals ficam para a próxima, porque o espumante profissa a preço não-obsceno me causou magnésia, digo, Polinésia, digo... aquele troço lá que não consigo lembrar o nome)