As madeleines cearenses

Meu padimpadiciço tá de prova: eu não gosto de botar reparo em gosto de ninguém. Música, comida, paixões não recomendadas por Damares, tudo isso é formado pela história de cada um e ninguém tem nada a ver com isso. Se o portador de gosto diferente do teu calhar de ser também amigo, ótimo. É uma boa ocasião de tu prestar atenção numa coisa que havia passado despercebida e que, eventualmente, até pode passar a ser do teu gosto. Isso ajuda também a consolidar o que me parece a característica mais adorável da nossa espécie: a variedade. Só por isso escapamos da chatice eterna e universal.

Após essa breve introdução gnoseológica, vamos ao que interessa – Renato e Seus Blue Caps, na minha opinião o melhor conjunto de Jovem Guarda a atuar no Brasil. Aliás, seu líder e principal guitarrista Renato Barros papocou não faz dois meses. Em meados da década de 60, era Beatles no céu, Renato na terra. Pelo menos lá no Ceará. Entre 1965 e 1967, eles lançaram quatro discos do balacobaco, com versões de músicas dos Beatles e de música pop americana, composições próprias, roquinhos curibocas – tudo da melhor qualidade. Preparei uma seleta dos discos, só pra vocês avaliarem, vocês abaixo dos 50. Nós outros, perigosamente perto da régua dos 70, já sabemos.

  1. pôla, aqelemsm
    24 de setembro de 2020

    vich, cutucô umas onça cum palito de fósforo, aceso.
    meu irmão foi nessa leva de 2 mes atrás.
    e foi ieiezero de 1ª hr, trampou até na eletroarte, plena augusta plenos 60s, só pra ouvir mais disso e pegar mais ‘gatinhas’.
    e foi cadeira cativa no auditório da excelsior, reino dessa mulecada em fúria.
    eu, mais novim, cabei cumas ponta dos dna entortada de tanto disso e seus sons.